Em nossa primeira aula de didática - uma sessão de lembranças de momentos marcantes para pessoas tão diferentes- voltamos a lugares guardados em nossa memória: memórias de infância, memórias escolares, que ajudaram a nos constituir enquanto sujeitos e que ficaram guardadas, certamente, por terem sido "reverberantes". Memórias-lembranças que a gente guarda como segredos, sem se dar conta.E quando paramos, distanciados pra lembrar, percebemos as marcas e, muitas vezes, o peso incutido nelas e, mudamos a leitura que fazemos desses momentos, as proporções são outras, os sentimentos maximizados ou minimizados. Tanto faz, lembramos, mas com outros olhares.
E, pra tentar falar de uma memória, algo de Drummond em palavras:
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão
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