Na nossa segunda aula de didática discutimos o texto "A nova lógica do ensino na sociedade da informação" de Vani M. Kenski, mestre e doutora em Educação, licenciada em pedagogia e geografia e, professora do programa de pós-Graduação em Educação da Universidade de São Paulo (USP). A autora trouxe para a pauta das discussões do ensino/escola/educação, a questão do papel da tecnologia a serviço (ou não) da escola e da aprendizagem, tendo em vista a transição social e cultural pela qual estamos passando depois da “revolução das novas tecnologias”. O que nos conduz a novos pensamentos e reflexões acerca de como elaborar projetos e planejamentos de aulas, uma vez que, os sujeitos estão imersos em um mundo tecnológico e avançado, não havendo mais espaços para “discursos” massivos e ultrapassados. Dessa forma, o autor escreve que as novas tecnologias e técnicas não devem estar a serviço de metodologias “desgastadas e desgastantes”, é necessário, nesse caso, repensar as estratégias e os interesses dos sujeitos historicamente situados e cognoscentes em interação diária com o professor.
Em seguida, o autor trata das novas relações entre a escola, o professor, os alunos e as formas de ensinar e aprender, os espaços e as configurações temporais alteram-se, a interação passa a ser o foco das discussões, no entanto, a interação acaba, por vezes reduzida à interatividade.
Na sala, apesar de não ser essa a única modalidade possibilitada pela “era da informação”, as discussões centraram-se no Ensino à Distância, algumas questões foram levantadas, tais como a “qualidade” do ensino, a superação de barreiras espaciais e temporais, os novos currículos, a disponibilização de material e de atendimento nos polos e através das redes sociais.
Entretanto, apesar das divergências, é indispensável pensar o EAD hoje, em um mesmo patamar do que foi a (re)democratização do ensino e da escola por volta dos anos 70 e 80 no Brasil, sendo essa mais uma tentativa de construir acessibilidades para os que não dispõem de um ensino enquanto espaço na localidade em que vivem. E, assim, como inúmeras dificuldades e entraves surgiram, juntamente com a (re)democratização, a era da informação trouxe problemáticas quanto ao nível de formação do professor e, em linhas gerais, enquanto “exclusão digital”.
Muito bom texto! Parabéns!!
ResponderExcluirE certamente não podemos esquecer que a EAD contribuiu com a maior democratização da educação, só precisamos resguardar a qualidade :))